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Lista de livros sobre a Educação verdadeira - parte 4

Gatinhos brincando na mesa - Alfred Brunel de Neuville

Continuando com nossa lista de livros, estamos na quarta já e adicionei mais outros títulos interessantes. O critério destas listas foi e continua sendo o mesmo: livros sobre educação que não contivessem influências ideológicas e que estivessem preocupados em explanar sobre uma verdadeira educação. Novamente muitos desses livros foram publicados pela primeira vez ou republicados recentemente no Brasil. Obviamente esta lista complementa e amplia as listas anteriores. As listas anteriores estão abaixo:



Pedagogia da Globalização. Joel Spring. Editora Domine, 2022.

Sinopse: Historicamente, as grandes tradições educacionais se concentraram nas relações éticas dos seres humanos e no problema da criação de uma sociedade justa. Estudiosos do Confucionismo, Hinduísmo, Islã, Cristianismo e Budismo interpretavam e debatiam os textos sagrados e o ensino dos sábios. Essas formas educacionais tradicionais mudaram rapidamente com o industrialismo e o desenvolvimento da tecnologia militar. Nações ao redor do mundo começaram a organizar sistemas nacionais de educação para suprir operários para as fábricas e para promover o aprendizado científico e matemático para o desenvolvimento industrial e militar. O estudo do texto sagrado e clássico cedeu ao estudo de como melhor ajustar os seres humanos à maquinaria de uma sociedade industrial-consumidora e de como garantir desenvolvimento econômico contínuo. O teste de habilidades para a economia moderna substituiu o teste do conhecimento de como viver a vida boa ou moral. A instrução movida pelo exame ou avaliação foi imposta nas escolas para garantir que o estudante não escapasse de uma vida a serviço de uma economia global.

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A Educação Liberal. Erasmo De Roterdã, Edições Kírion, 2020.

Sinopse: Apresentam-se ao leitor deste volume três belos textos do “príncipe dos humanistas”, que versam sobre a educação liberal, e que, embora tenham sido escritos há cerca de cinco séculos, permanecem incrivelmente contemporâneos. No primeiro deles, o opúsculo sobre A importância da educação liberal para as crianças, Erasmo discorre sobre o peso da educação infantil para toda a vida de uma pessoa, e o zelo que os pais devem ter para assegurar aos filhos uma boa formação intelectual desde a mais tenra idade. “A primeira infância é a idade mais adequada para começar a educação […]. A primeira fase da educação se assenta sobretudo na memória, que, nos pequeninos, retém muitíssimo”. Ele dá diretrizes claras sobre como ensinar os pequenos e o que transmitir-lhes para que tenham uma robusta formação moral e intelectual. 

No segundo texto, O método de estudo, Erasmo, alicerçado na sua vasta experiência educacional, nos orienta sobre como estudar e ensinar de forma frutífera: em que ordem devemos aprender as disciplinas, que autores devemos ler, que exercícios fazer, como ter uma memória vigorosa. E, por fim, no Diálogo entre o abade e a mulher erudita, entoa um verdadeiro panegírico do cultivo da vida intelectual e da sabedoria por parte das mulheres, ao mesmo tempo repreendendo o autoritarismo e o desprezo pelas letras, marcas inconfundíveis da frivolidade e da estupidez. Aqueles verdadeiramente preocupados com a educação de seus filhos ou de seus alunos não devem ignorar as lições do mestre de Roterdã, pois “não convém educar-se de outra forma, senão segundo os preceitos das artes liberais”. 

SOBRE O AUTOR: Erasmo de Roterdã (1466–1536) é chamado de “príncipe dos humanistas” e “glória dos humanistas cristãos”. Filho bastardo de um pároco de Gouda e sua ama, teve a melhor educação possível em sua época: aos 9 anos foi enviado para a escola de Deventer dos Irmãos da Vida Comum, precursores da ‘devotio moderna’, onde aprendeu o latim. Aos 18 anos entrou para o mosteiro dos cônegos regulares agostinianos, em Stein; em 1488 fez a profissão religiosa, e em 1492 foi ordenado sacerdote. Logo recebeu licença dos votos para trabalhar como secretário do bispo de Cambraia, Henrique de Bergen, que lhe deu uma bolsa para estudar na Universidade de Paris, no Collège Montaigu, em 1495. Viajou a Londres por volta de 1500, quando lecionou em Oxford e aprendeu com John Colet. Em 1506 foi para a Itália, graduou-se ‘Divinitatis Doctor’ em Turim, e trabalhou na imprensa. Esquivou-se de aceitar uma porção de cargos universitários e de fixar-se em Roma na hierarquia eclesiástica, mesmo gozando da admiração do Cardeal Giovanni de Médici (futuro Leão X), e voltou à Inglaterra em 1509. Sob Henrique VIII, lecionou então no Queen’s College da Universidade de Cambridge, onde fez-se amigo de São Thomas More. No contexto da revolta protestante, ainda que criticasse o clero corrompido e zombasse das opiniões teológicas de Lutero, recusou-se a aderir ao grupo deste, bem como a escrever contra ele em favor do papado. Quando a Basiléia aderiu à reforma em 1521, mudou-se para Friburgo em Brisgóvia, e se limitou a publicar, em 1530, uma reedição do tratado de Alger de Cluny contra o herege Berengário de Tours, do século XI, com uma epígrafe afirmando sua crença na transubstanciação. Em 1535, Paulo III quis elevá-lo à condição de cardeal, mas Erasmo, alegando idade avançada e saúde frágil, recusou. No ano seguinte, faleceu na Basiléia, em cuja catedral está sepultado.

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A Educação da Vontade. Jules Payot. Edições Kírion, 2018.

Sinopse: A causa de quase todos nossos fracassos, de quase todos nossos males, é uma só: a fraqueza da vontade. É nosso horror do esforço, principalmente do esforço prolongado. Nossa passividade, nossa leviandade, nossa dissipação, são outros tantos nomes para designar esse fundo de universal preguiça que é para a natureza humana o que é o peso para a matéria.

Podemos dizer, infelizmente, que o nosso sistema de ensino tende a agravar essa preguiça intelectual fundamental. Os programas de ensino parecem destinados a fazer de todo aluno um disperso. Obrigam esses infelizes adolescentes a adejar sobre todas as coisas e proíbem-nos, pela variedade de matérias a absorver, de penetrar com profundidade em qualquer assunto.

Em vez de tratar da educação da vontade in abstracto, tomamos como tema essencial a educação da vontade tal como é exigida pelo trabalho intelectual prolongado e perseverante. Estamos persuadidos de que os estudantes e em geral todos os trabalhadores da inteligência encontrarão aqui indicações de grande utilidade. Já ouvi muitos jovens lamentarem-se da ausência de um método para chegar ao domínio de si. Ofereço-lhes o que me sugeriram sobre esse assunto cerca de quatro anos de estudos e meditações.

Jules Payot foi pedagogo e acadêmico francês. Nascido em 1859 em Chamonix, faleceu em 1940 na mesma comuna francesa. Em 1907 foi nomeado reitor das universidades Chambéry e de Aix-en-Provence. La éducation de la volonté foi traduzido em 32 línguas; além dele, Payot escreveu diversos livros sobre filosofia moral e educação dedicados aos professores, como Le travail intellectuel et la volonté e Autorité et discipline en matière d’éducation.

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A Casa e os seus Mestres: A Educação no Brasil de Oitocentos. Maria Celi Chaves Vasconcelos. Editora Gryphus, 2020.

Sinopse: Este livro traz uma importante contribuição para a história da educação no Brasil. Além de trabalhar o conceito de "educação doméstica", método que foi constantemente usado para a educação das elites no Brasil de Oitocentos, ajuda a entender o processo de escolarização em nosso País. Na visão do professor Rogério Fernandes, da Universidade de Lisboa, que assina o prefácio da obra, Maria Celi penetra no interior das Casas onde se "lançavam os fundamentos do 'privilégio educativo", ainda hoje manifestado nos confrontos com a escola pública e que tantas vezes resultam na desvalorização desta como instância formativa". O tema que remete ao Brasil Imperial é, no entanto, bastante atual, já que hoje ninguém pode ignorar os problemas das escolas públicas e privadas no Brasil e em outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, muitas famílias estão optando pelo ensino no interior do lar, seja pela permanência dos valores e da segurança física, como pela eficiência pedagógica. Para retratar a trajetória da "educação na casa", Maria Celi escolheu o Brasil do século XIX, por ser o período que se caracterizou pelo maior desenvolvimento de tais práticas educativas. E o lugar não poderia ser outro que a Província do Rio de Janeiro, a efervescente Corte, onde se concentrava o maior índice populacional do Império. O que não falta neste livro que nasceu de uma tese são fontes, oriundas de uma extensa pesquisa, sendo que uma das mais interessantes são os anúncios publicados pela imprensa. Só para aumentar a curiosidade do leitor há pérolas como estas: Professor. Um professor casado, que dá fiador de sua conduta, se propões a ensinar, em casa de família, o português, latim, francês, musica e piano; quem de seu préstimo precisar dirija-se, para informar a Rua Sete de Setembro n. 159. Uma senhora completamente habilitada aceita uma menina até 10 anos de idade. Ensinando o curso primário e trabalhos de agulha, dando casa, comida e roupa lavada e engomada, por módico preço: na Rua do Riachuelo n. 210. Não é ficção. É o Brasil de Oitocentos.

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Princípios Fundamentais de Pedagogia. Hugo de São Vitor. Centro Hugo de São Vitor, 2019.

Sinopse: O objetivo deste livro é o de apresentar uma concepção de pedagogia bastante diversa do que a maioria dos mais arrojados educadores modernos ousaria conceber.

E, não obstante isso, não se trata de uma utopia, como tantas que foram registradas nos anais da história da educação, nem apenas um projeto, mas algo que foi realidade durante gerações, não em alguma civilização distante, mas na Europa do século XII. E, no entanto, ainda apesar disso, a pedagogia aqui descrita transcende a época em que se realizou como fato histórico; ela pertence, pensamos também nós, ao número daquelas coisas que não passam mais. Foi por isto que demos a este livro o título simplesmente de Princípios Fundamentais da Pedagogia.

Hugo de S. Vítor manifestou, em uma tenra idade ainda, seu amor pela ciência. No início do livro sexto do Didascalicon, em uma das pouquíssimas páginas de suas obras em que ele fala de si próprio, Hugo escreve: “Eu ouso afirmar que nunca desprezei nada que pertencesse ao estudo; ao contrário, frequentemente aprendi muitas coisas que outros as tomariam por frívolas ou mesmo ridículas”.

Em seguida, na mesma passagem, ele nos descreve diversas destas atividades de quando era ainda jovem estudante. Entre elas incluem-se estudos relacionados com a ampliação do vocabulário, como primeiro passo para compreender a natureza das coisas; resumir no fim do dia todos os raciocínios feitos durante o mesmo, para guardar na memória suas seleções e seus números; procurar sempre investigar a causa de tudo; anotar as disposições controversas das coisas; estar sempre alerta para distinguir o discurso de um orador do discurso de um sofista; cálculos matemáticos executados no chão com pedaços de carvão; cálculos geométricos; teoria musical; e afirma também haver passado numerosas noites contemplando as estrelas do céu. No fim, Hugo acrescenta: “Algumas destas coisas são pueris, é verdade. Todavia não foram inúteis. Não estou te dizendo isto para jactar-me de minha ciência, mas para te mostrar que o homem que prossegue melhor é o que prossegue com ordem, não o homem que, querendo dar um grande salto, se atira no precipício. Assim como as virtudes, assim também as ciências têm os seus degraus. É certo, tu me poderias replicar: ‘Mas há coisas que não me parecem ser de utilidade. Por que eu deveria manter-me ocupado com elas?’ Bem o disseste. Há muitas coisas que, consideradas em si mesmas, parecem não ter valor para que se as procurem, mas, se as olhares à luz das outras que as acompanham, e começares a pesá-las em todo o seu contexto, verificarás que sem elas as outras não poderão ser compreendidas em um só todo e, portanto, de forma alguma devem ser desprezadas. Aprende-as a todas, verás que depois nada será supérfluo. Uma ciência resumida não é uma coisa agradável”.

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Filhos e Pais. Sabedoria e Orientação Para os Pais, Fulton Sheen. Katechesis, 2016.

Sinopse: “Os pais cometem o maior erro de suas vidas quando igualam liberdade com amor nas relações com seus filhos, ou quando dizem: “Mas se eu não deixasse o João fazer o que quisesse, me faltaria amor por ele”. Ou: “Por que eu deveria ensinar a ele algum princípio moral ou religião? Esperemos até que ele seja velho o suficiente para decidir por si”. Mas, segundo a mesma lógica, por que os pais sempre deveriam ensinar português aos filhos? Por que não esperar até que completem vinte e um anos e então deixar que decidam qual idioma querem aprender? Por que impor hábitos de limpeza, polidez ou honestidade? Todos os pais que se eximem de exercer controle e disciplina inteligentes sobre seus filhos são pragas sociais muito antes de seus filhos se tornarem delinquentes.

Que imenso Saara separa o mundo ocidental, no qual a liberdade é identificada com o sentimentalismo, do mundo comunista, onde a liberdade é identificada com a tirania. Em um caso, há liberdade sem lei e, no outro, lei sem liberdade. Somente aqueles que têm firmeza moral podem compreender a verdade básica de que amor implica liberdade, mas nem toda liberdade implica amor”

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A Educação dos Filhos, Santo Antônio Maria Claret, Santa Teresa e São João Crisóstomo. Katechesis, 2016.

Sinopse: O presente livro pretende unir no tempo e no espaço esses três santos que viveram em lugares e épocas bastante diferentes entre si. Por quê? Para que eles venham em socorro de dois outros personagens que também vivem em época e lugares diversos: o pai e a mãe de família do século XXI.

Muito provavelmente, S. Antônio Maria Claret, Santa Teresa e S. João Crisóstomo não podiam sequer imaginar como a família deste século estaria a ponto de ser tragada totalmente pelo inimigo de Cristo. Se disséssemos a eles que a união entre dois homens ou duas mulheres seria considerada uma "família" eles talvez emudeceriam e chorariam amargamente por nós, cristãos de hoje. Se soubessem como o adultério e o divórcio estariam tão bem estabelecidos e aceitos, perguntar-se-iam por onde andam os pastores das almas que deixam tantas ovelhas se perderem, sem usar todo o esforço e zelo para recuperá-las ao rebanho de Cristo.

"A salvação do mundo passa pela família", afirmou o Beato João Paulo II. Desejamos, portanto, que a leitura desta obra possa produzir frutos de salvação em muitos e muitos lares do Brasil. Se ao menos um único casal perceber o tesouro que tem em casa, seus filhos, e esmerar-se sinceramente em levá-los a Deus, de todo o coração, ficaremos pagos pelo trabalho.

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Conhecimento em crise: as ideologias na educação, Inger Enkvist, Editora Kírion, 2024

Sinopse: Quando falamos dos problemas da educação atual, não nos referimos a uma ou outra decisão política equivocada, mas a correntes de pensamento muito influentes. O debate costuma ser um cabo de guerra entre duas posições: o “progressivismo” e o “tradicionalismo”. Essas duas perspectivas têm como base ideias diferentes sobre o ser humano e a sociedade: a escola tradicional almeja transmitir o melhor do conhecimento que temos hoje às novas gerações, para que os jovens não sejam obrigados a partir da estaca zero; os progressistas, pelo contrário, acreditam que o melhor está no futuro e não querem transmitir do passado nada além do necessário. Bem, já faz mais de meio século que as experiências com a tal educação progressista, e os resultados das pesquisas sobre o cérebro humano, apenas reforçam os argumentos dos tradicionalistas. Não obstante, ainda há ideólogos e movimentos que insistem em reforçar essas agendas.
Este livro pretende mostrar os laços estreitos que existem entre a pedagogia, a política e a filosofia. Começaremos explicando os termos “pós-modernismo”, “socioconstrutivismo” e “construtivismo pedagógico”, passando por temas como o igualitarismo, o desenvolvimento sustentável, a teoria de gênero e o multiculturalismo. Depois, faremos uma breve apresentação de alguns dos mais famosos precursores da pedagogia em voga, como Dewey, Vygotski e Piaget.
Aqui se faz, sim, uma crítica pesada ao pós-modernismo no campo da educação, mas também se transmite uma mensagem de esperança, de que as ideias equivocadas podem ser substituídas por outras. Sabemos que é difícil argumentar com os pós-modernistas; a autora, porém, busca provocar, nos construtivistas, pelo menos uma dissonância cognitiva, ou seja, a constatação de que suas crenças são contraditórias.

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O Pedagogo, Clemente de Alexandria. Editora Ecclesiae, 2014.

Sinopse: O coração do Pedagogo é o Verbo. Este mesmo "Verbo que se fez carne e habitou entre nós". (Jo, 1,14). O Verbo de Deus entrou num tempo e num espaço, a cerca de dois mil anos nas terras do Oriente: Ele é a "Luz do Oriente" que veio iluminar todo homem e toda mulher que vem a este mundo. E tornou participantes desta missão aqueles que dele receberam esta iluminação imediata pelas suas pregações, seus milagres e foram banhados pelo fulgor da sua gloriosa Ressurreição e pelo fogo inextinguível de Pentecostes. Dentre estes, os Santos Padres; primeiros alunos do "Divino Pedagogo" na esteira dos Santos Apóstolos. Daqui emerge como um farol a irradiar tal fulgor o nobre Clemente de Alexandria, cuja presente obra chega às nossas mãos. Sem mérito nenhum da minha parte faço esta apresentação, mas com a alegria de ser sacerdote de uma Igreja Oriental Católica (Greco-Melquita), cujo Patriarcado abriga os cristãos da Antioquia, Jerusalém e Alexandria: uma das primeiras comunidades cristãs florescida nesta mesma terra do grande Egito onde reluzem com o fulgor do seu famoso Farol a Fé, a Mística, e toda espiritualidade forjada no fogo do Espírito Santo que é a alma do Corpo de Cristo: a Igreja, que na plenitude de seu sadio funcionamento respira com seus dois pulmões: Oriental e Ocidental. (Arquimandrita João Carlos Teodoro - Sacerdote da Paróquia São Jorge, Eparquia Greco-Melquita Católica de São Paulo para todo Brasil - SP, em Juiz de Fora-MG).

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Carta aos Jovens Sobre a Utilidade da Literatura Pagã, São Basílio. Editora Ecclesiae, 2012.

Sinopse: A obra “Carta aos Jovens sobre a Literatura Pagã” foi escrita por São Basílio no século IV com o objetivo de instruir àqueles que iniciam os estudos para a utilidade da leitura dos livros profanos, isto é, dos clássicos da literatura grega que na época sofriam muitas críticas devido aos seus elementos contrários à doutrina cristã.
São Basílio exorta à sua leitura, ensinando como tirar proveito dos excelentes preceitos morais e os inúmeros exemplos de virtude encontrados nesses livros, comungando-os à doutrina dos Evangelhos.

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A Doutrina Cristã, Santo Agostinho. Editora Paulus, 2002.

Sinopse: Esta obra é a carta magna de Santo Agostinho sobre a maneira de entender e pregar a Sagrada Escritura. Nela podemos sentir o imenso amor e conhecimento profundo de Agostinho pela Bíblia. De fato, ele deixou-se impregnar por ela, tornou-a "seu sangue, a medula de seus ossos". Ninguém como ele explorou tão a fundo e com tanto empenho e sutileza os profundos e obscuros recônditos da Bíblia, e nunca houve alguém que trouxesse de suas explorações tal abundância de preciosos achados. A doutrina cristã é um manual de exegese e formação cultural com finalidade didática e pastoral dirigido aos cristãos de sua época. As diretivas dada pelo zelo pastoral do Bispo de Hipona são originais e penetrantes, válidas ainda, em grande parte, para nosso tempo, tão ávido de estudos exegéticos e hermenêuticos.

Santo Agostinho redigiu o seu precioso tratado Sobre a Doutrina Cristã, iniciado em 397 e completado a partir do livro II, cap. 35, em 426.. Os três primeiros livros ajudam a compreender a Escritura, e o quarto ensina como é preciso expor aquilo que se compreendeu. Ora, depara-se-nos, especialmente no Livro II, a concepção agostiniana sobre a formação intelectual do cristão e sobre as Artes Liberais, e descobre-se no Livro IV verdadeira mina de preceitos didáticos que podem ser transpostos com todo o direito para as modernas áreas do ensino, dada a sua importância metodológica.

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Pio XII e a educação da juventude, Pierre Fernessole, Calvariae Editorial, 2022.

Sinopse: "A arte da educação é, sob muitos aspectos, a arte de adaptar-se à idade, ao temperamento, ao caráter, à capacidade, às necessidades e às justas aspirações do aluno, adaptar-se a todas as circunstâncias dos tempos e lugares, adaptar-se ao ritmo do progresso em geral da humanidade. O que caracteriza, porém, em tal tratamento, a verdadeira educação cristã, é que esta mira constantemente a formação total da criança e do adolescente, a fim de fazer dele um homem, um cidadão, um católico íntegro e equilibrado, bem mais que um pretenso erudito com a mente embaraçada por conhecimentos enciclopédicos disparatados e desordenados. Um erro muito comum restringe a instrução e a educação religiosa a um tempo determinado, ainda que com programas completos e sabiamente distribuídos. Mas a verdadeira educação cristã exige muito mais: ela deve ser uma obra contínua, permanente, progressiva; deve permear todo o ensino, mesmo profano, penetrar até o fundo da alma. Ela, portanto, consiste, além da exposição metódica da doutrina, em ver e fazer ver todas as coisas à luz da grande e divina verdade, como na contemplação da criação material não se pode ver bem as coisas, com as suas verdadeiras cores, senão à luz, ainda que às vezes velado por nuvens, do belo sol de Deus.”

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Aristóteles e os ideais antigos da educação, Thomas Davidson. Editora Kírion, 2022.

Sinopse: Está definitivamente estabelecido, entre os homens competentes para formar um juízo, que Aristóteles foi o homem que possuiu a melhor educação, entre todos os que já passaram pela superfície da Terra. Ele ainda é, como na época de Dante, o “mestre dos que sabem”. Portanto, não é sem razão que o consideramos, não apenas como o melhor expoente da educação antiga, mas como um dos guias e exemplos mais dignos da educação em geral. Ao me comprometer a tratar de Aristóteles como expositor dos ideais antigos da educação, eu poderia simplesmente ter apresentado de forma ordenada, com alguns poucos comentários, aquilo que pode ser encontrado sobre o tema da educação em suas várias obras — Política, Ética, Retórica, Poética etc. Julguei melhor, porém, traçar brevemente toda a história da educação grega até Aristóteles e a partir de Aristóteles, para mostrar o passado que condicionou suas teorias e o futuro que foi condicionado por elas. Só assim, parecia-me, seus ensinamentos poderiam ser vistos sob uma luz adequada.

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Platão Educador, Julius Stenzel, Editora Kírion, 2021.


Sinopse: “O grande mérito e a característica de Stenzel, tanto nesta como em suas demais obras, é combinar a interpretação filológica mais rigorosa dos textos à exegese e avaliação filosófica — uma operação que se diria óbvia, não fosse tão negligenciada, nos tempos antigos e modernos. Grandes filólogos ocuparam-se de Platão sem terem sido capazes de transcender suas pesquisas biográficas e textuais, muitas vezes fundamentais, para uma interpretação profunda e pessoal do pensamento platônico. E este, outras vezes, foi analisado e discutido por homens altamente preparados e de mentalidade teorética, mas incapazes de se defrontar com os textos originais, inconscientes dos problemas que só poderiam ser resolvidos no terreno histórico-filológico. [...] Stenzel teve o mérito, que Jaeger foi o primeiro a reconhecer, de estudar o pensamento platônico no nexo vivo que tem com os aspectos educativo, gnoseológico e metafísico, bem fundado, também, no interesse que tinha pela história da matemática antiga, tornando-se, assim, um dos poucos verdadeiramente capazes de compreender certos pontos essenciais e a mentalidade em geral do último Platão. Neste livro sobre Platão educador, apoiado sobretudo numa análise da República, o papel da matemática para um pleno entendimento da gnoseologia e da metafísica platônicas é sóbria, mas pertinentemente destacado”. — Francesco Gabrieli, 1965.

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Sobre a educação dos filhos e outros escritos, Plutarco. Editora Kírion, 2019.

Sinopse: Reúnem-se aqui alguns dos textos em que Plutarco versa sobre a educação das crianças e a formação dos jovens, os progressos do aspirante a filósofo e a dinâmica mesma da psicologia humana. Esses textos, que compõem a chamada "Moralia" de Plutarco, escritos no século I d.C., são surpreendentemente atuais, chegando a parecer, às vezes, verdadeiros retratos dos dias de hoje. Neles podemos ver o autor — filósofo, sacerdote, cidadão e pai — revelar-se com uma intimidade rara entre os gregos antigos. Nós o vemos, sobretudo, como um professor; alguém que, no curso de uma vida dedicada à sua vocação, foi menor que poucos professores da época, menor apenas, talvez, do que o mestre que escolhera, Platão. Em "Sobre a educação dos filhos", o pedagogo grego dá as diretrizes para o cuidado das crianças desde antes do nascimento até a primeira educação geral; em "Como o jovem deve ler poesia", resolve com muita justiça a questão, debatida até hoje, dos problemas morais relacionados à formação literária e à leitura de ficção pelos jovens; em "Como escutar", dá instruções muito precisas sobre as disposições físicas e psicológicas que um aluno deve ter para melhor aproveitar uma aula ou uma palestra, e em "Como perceber os próprios progressos na virtude", sobre as perguntas que o estudante deve fazer a si mesmo e as mudanças que deve observar para saber se está se aproximando da virtude e da sabedoria. Nos dois últimos, "Se a virtude pode ser ensinada" e "Sobre a virtude moral", Plutarco apresenta, apoiado nos ensinamentos de Platão e Aristóteles, a estrutura da alma humana e os fundamentos da educação, sempre com a mesma lucidez e a inigualável sensibilidade psicológica do biógrafo das "Vidas paralelas". SOBRE O AUTOR: Lúcio Méstrio Plutarco (Λούκιος Μέστριος Πλούταρχος, ca. 46–120 d.C.) nasceu em Queronéia, na Beócia, nas proximidades de Delfos. Foi membro da Academia de Atenas, viajou pela Ásia e para o Egito e tornou-se cidadão romano. Era sacerdote no templo de Delfos e magistrado em Queronéia. Ficou famoso por escrever as biografias dos gregos e romanos mais ilustres, cujo conjunto é conhecido como "Vidas paralelas", composto de 23 pares de biografias, e por seus textos morais e pedagógicos, a "Moralia" de Plutarco.

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Da educação das crianças. Plutarco. Edipro, 2015.


Sinopse: Um verdadeiro tratado sobre educação, que permanece tão atual quanto nos tempos em que fora escrito. A utilidade da presente obra é inegável, pois tem como tema central a educação dos filhos.

Nela, Plutarco versa sobre como os pais devem se preocupar com a formação de seus filhos desde a concepção até sua educação na adolescência. Para tanto, o homem deve procurar uma mulher de boa origem, que deve gerar e amamentar o seu filho para o bom crescimento da criança.

Quando a criança atingir a idade de sete anos, os pais devem procurar um bom professor que assegure a educação de seu filho dentro dos preceitos da educação grega, como o aprendizado das letras, da música, da ginástica, da retórica e da filosofia. Além disso, os pais devem atuar como modelos comportamentais para o seu filho.

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Leia mais em A verdadeira filosofia da educação



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