Postagem em destaque

Sobre o blog Summa Mathematicae

Este é um blog sobre Matemática em geral, com ênfase no período clássico-medieval, também sobre as Artes liberais (Trivium e Quadrivium), so...

Mais vistadas

Definição de educação

Santo Agostinho de Philippe
de Champaigne, século XVII

Artigo I - Definição de educação.

<Inclinar-se sobre uma alma imortal,
adivinhar cada instinto para lhe nobreza,
espiar cada arroja, imprimindo-lhe fortaleza> (1).

Que quer dizer a palavra educação?

Etimologicamente, a palavra educação significa, mais ou menos, menos que a palavra criação. Educar, do latim educere, <é quase criar, é como tirar do nada, é, pelo menos, despertar do sono e da letargia as faculdades adormecidas, é dar a vida, o movimento e a ação a uma existência ainda imperfeita> (2). Educar é fazer que alguém se desentranhe de si mesmo; é fazer duma criança um homem, dum homem um cristão, dum cristão um santo, um eleito (3).

Não haverá uma palavra ainda mais expressiva do que aquela?

Sim, e uma palavra bem portuguesa: enobrecer. Dizemos: enobrecer a juventude; enobrecer a alma; enobrecer os sentimentos; enobrecer os pensamentos; enobrecer o caráter, etc. Enobrecer é como que divinizar; é tomar um objeto que está na escuridão e colocá-lo numa região mais bela e mais pura, onde ele domina e brilha. Assim, no alto drapeja a bandeira, domina a cruz, a alma é diamante. <Enobrecer uma criança é tomar uma alma de criança  tão indecisa e indistinta, quase vizinha do nada e guiá-la, por ascensões sucessivas, às regiões luminosas da verdade, às mais altas regiões da virtude> (4).

Como se poderá definir a educação?

A educação é a arte de cultiva, exercitar, desenvolver, fortificar e polir todas as faculdades físicas, intelectuais, morais e religiosas, que constituem na criança a natureza e a dignidade humanas; dar a estas faculdades uma perfeita integridade; elevá-las à plenitude da sua força e da sua ação. E, deste modo, formar o homem, prepará-lo a bem servir a pátria nos diversos cargos sociais, que um dia seja chamado a desempenhar através da jornada da vida; e assim, num alto pensamento, conquistar a vida eterna, enobrecendo a vida presente. Eis a obra e o fim da educação (5).

Por que se define a educação: <a arte de cultivar?>

Porque, efetivamente, a educação procede como um jardineiro inteligente: colocar numa terra boa a planta que lhe confiam; rega-a com água pura e abundante; arranca as ervas daninhas, que estorvariam a sua vegetação; e como se desenvolve; favorece o desabrochar das flores e dos frutos. Portanto, a educação cultiva (6), e cultiva pelos cuidados físicos, pelos ensinamento intelectual, pela disciplina moral, pelos meios sobrenaturais.

Por que se define a educação: <a arte de exercitar?>

Porque a educação não é somente um meio de agir; é ainda o recurso e a obrigação de fazer agir; não é só obra da autoridade, é também obra do respeito; exige do educando a colaboração duma docilidade respeitosa: --- exercita. Propõe então ao educando certos estudos, determinados atos e certo esforços; anima-o com persuasão; dirige-o com sabedoria; numa palavra, fá-lo concorrer eficazmente para a sua própria educação: --- e assim é necessário, porque <jamais se educará uma criança sem o seu esforço ou contra a sua vontade> (7).

Por que se define a educação: <a arte de desenvolver?>

Porque a educação só cultiva, e exercita, age e faz agir, afim de desenvolver. E, na verdade, a educação é o desenvolvimento da natureza em tudo o que tem de bom. Por isso, sabiamente disse Fénelon: <Basta contentarmo-nos com seguir e ajudar a natureza> (8). A educação deve seguir e ajudar a natureza e todos os terrenos; deve segui-la e ajudá-la sem nunca se deter nem afrouxar; apodera-se do homem e acompanha-o até o limite da sua carreira.

Por que se define a educação: a arte de <fortificar?>

Porque desenvolver, sem fortificar, equivaleria praticamente a destruir. A educação que não fortificasse seria, pelo menos, vã e enganosa, sem consistência e sem virtude. O Evangelho indica, aliás, a necessidade deste duplo progresso, falando de Jesus Menino: Puer crescebat et confortabatur (9). O Menino crescia e fortificava-se.

Por que se define a educação: a arte de <polir?>

Porque a educação não é somente para o homem uma necessidade, uma condição de existência; é também uma prenda adorável. Deve suavizar, adornar, embelezar a natureza. Realmente, a educação bem entendida faceta o espírito, pule o caráter e os costumes; até a virtude se torna mais bela. E a polidez foi sempre um dos mais belos caracteres de educação portuguesa. Não se considera, entre nós, bem educado quem não possui a arte de saber viver.

Por que se fez menção, na definição dada, da faculdades <físicas, intelectuais, morais e religiosas?>

Porque a educação, tomada na sua acepção completa, abrange o homem todo, o seu corpo e a sua alma; esforça-se pela realização do ideal traçado pelos antigos, quando falavam duma alma sã num corpo vigoroso: mens sana in corpore sano (10). Esta alma sã é a inteligência bem formada; é a vida moral despojadas dos seus defeitos e enriquecida de virtudes; é a vida sobrenatural assegurada, salvaguardada, aperfeiçoada, querida e defendida... De maneira que a educação, vista em conjunto, compreende cuidados físicos, ensinamento intelectual, uma disciplina moral e formação sobrenatural.

De que se trata, afinal, quando se fala da educação?

1.º Trata-se de formar o homem; o homem com as suas faculdades gerais e as suas qualidades individuais, tal qual o exigem a sociedade e a religião; o homem de razão, de senso e de gosto; o homem de imaginação regrada; o homem de coração; o homem de vontade firme e reta; o homem como foi criado por Deus e regenerado por Jesus Cristo; o homem de fé e de consciência; o homem do seu século e do seu país, no sentido perfeito destas duas palavras.

Vereis só por seus filhos um povo renascer:
O coração e o cérebro quem os pode refundir?
Mas os petizinhos, se quisermos, podem ser
Os homens mais felizes, Portugueses do porvir (11).

2.º Trata-se de formar o eleito e o herdeiro do céu. Joubert, num escrínio de Pensamentos delicados e luminosos, escreveu: <Ao educardes uma criança, pensai na sua velhice>. Mas não é tudo. O pensamento de Joubert deve ser completado, tomando esta forma: < Ao educardes uma criança, pensai na sua eternidade>.

Ó jovens mães, na hora bendita em que vós tendes no regaço o entezinho adorado, e em cuja fronte desenhais sonhos fagueiros, pensai e pensai bem que não é tão somente um preciso objeto que adornais com esmero; fitai os seus olhos; neles lereis deveres mais austeros. Está escrito que a maternidade é um sacerdócio, um apostolado divino de que Deus nos revestiu; que é preciso fazer da criança, primeiro, um homem e, depois, um eleito do céu; que, se assim o não fizerdes, melhor seria nunca terdes um filho.

Este dever é tão imperioso que S. Paulo não hesita em afirmar que a mãe que o esquece é inferior a uma pagã (12).

Referências:

(1) Citado por P. Combes, O livro da educadora, p. 80.

(2) Mgr. Dupanloup, Da Educação, t. I, p. 3-4.

(3) Mgr. Pichenot, Tratado prático da educação maternal, p. 64.

(4) Mgr. Rozier, A arte de ser mãe, p. 29.

(5) Mgr. Dupanloup, Da Educação, t. I, p.2.

(6) S. Paulo chama a alma <o campo de Deus; Dei agricultura estis> (I Cor. III-9).

(7) Mgr. Dupanloup, Da Educação, t. I, p. 177

(8) Da educação das meninas, cap. III

(9) Luc. I, 80, e II 40.

(10) Juvenal.

(11) Jean Aicard, A canção da criança. <O pequeno povo>

(12) Mgr. Rosier, A arte de ser mãe (2.ª ed.) p. 9.

Trecho retirado do Livro Catecismo da Educação - Abade René Bethléem, 1952, Livraria Figuerinhas - Porto.


Curta nossa página no facebook Summa Mathematicae. Nossa página no Instagram.


Receba novos posts por e-mail:

Terence Tao explica se você tem que ser um gênio para fazer Matemática

Este livro foi escrito
por Tao aos 15 anos

Terence Tao* explica se você tem que ser um gênio para fazer Matemática.

A resposta é um enfático NÃO. A fim de fazer boas contribuições e útil para a matemática, tem que trabalhar duro, aprender um campo bem, aprender outras áreas e ferramentas, fazer perguntas, conversar com outros matemáticos, e pensar sobre a "big picture". Uma quantidade razoável de inteligência, maturidade e paciência também são necessários.

Mas não é preciso algum tipo de "gene gênio" mágico que espontaneamente gera idéias profundas, soluções inesperadas para problemas, ou outras habilidades sobrenaturais.

Melhor tomar cuidado com noções como genialidade e inspiração,. Eles são uma espécie de varinha mágica e deve ser usado com moderação por quem quiser ver as coisas claramente (José Ortega y Gasset , "Notas sobre o romance").

A imagem popular do solitário (e, possivelmente, um pouco louco) gênio que ignora a literatura e sabedoria convencional motivado por alguma inspiração inexplicável (avançado, talvez, com uma pitada de sofrimento) para chegar a uma solução incrivelmente original para um problema que confundiu todos os especialistas é uma imagem romântica e charmosa, mas também extremamente imprecisa, pelo menos no mundo da matemática moderna.

Nós temos resultados espetaculares, notáveis e profundos conhecimentos na matemática, mas é claro que são a realização duramente conquistado e acumulado de anos, décadas ou mesmo séculos de trabalho e progresso de grandes e bons matemáticos.

O avanço de um estágio de entendimento para outro pode ser altamente não-trivial e, por vezes bastante inesperado, mas ainda se baseia no fundamento do trabalho e não tão somente quanto o mais cedo se comece, mas quando é a primeira vez que é iniciada. Temos por exemplo o trabalho de Andrew Wiles em o Último Teorema de Fermat ou o trabalho de Perelman sobre a Conjectura de Poincaré.

Na verdade, acho que a realidade da pesquisa matemática hoje em que o progresso é obtido naturalmente e de forma cumulativa, como uma conseqüência do trabalho duro, dirigido por intuição, literatura e um pouco de sorte leva a ser muito mais satisfatório do que a imagem romântica que eu tinha como um estudante de matemática que está se avançando primeiramente pelas inspirações místicas de algum tipo raro de "gênios".

Este "culto do gênio", na verdade provoca uma série de problemas, já que ninguém é capaz de produzir estas inspirações (muito raro) em algo que se aproxime de forma regular, e com correção confiável consistente. (Se alguém cultiva a ideia em fazê-lo, eu aconselho você a ser muito cético em relação a suas reivindicações.)

A pressão para tentar se comportar desta maneira impossível pode levar algumas pessoas a tornar-se excessivamente obcecados com "grandes problemas" ou "grandes teorias", outros podem perder qualquer ceticismo saudável em seu próprio trabalho ou em suas ferramentas, e outros ainda continuam a tornar-se demasiado desanimado para continuar trabalhando em matemática.

Além disso, atribuindo o sucesso ao talento inato (que está além de nosso controle), em vez de esforço, planejamento e educação (que estão dentro do controle do indivíduo) pode levar à outros problemas também.

Claro, mesmo que se rejeite a noção de gênio, ainda é o caso de que em qualquer dado momento, alguns matemáticos são mais rápidos, mais experientes, mais conhecedor, mais eficiente, mais cuidadoso, ou mais criativo do que outros. Isto não implica, porém, que apenas os "melhores" matemáticos deveriam fazer matemática, este é o erro comum de confundir vantagem absoluta com a vantagem comparativa.

O número de interessantes áreas de investigação matemática e problemas para trabalhar é vasto, muito mais do que pode ser coberto em detalhes apenas pelos "melhores" matemáticos. Às vezes, o conjunto de ferramentas ou idéias que você encontra em algo, é bem possível que outros bons matemáticos sejam negligentes em não saber quais são, especialmente tendo em conta que mesmo os maiores matemáticos ainda tem fraquezas em alguns aspectos da investigação matemática.

Contanto que você tenha educação, interesse e uma quantidade razoável de talento, haverá alguma parte da matemática onde você pode dar um contributo sólido e útil. Pode não ser a parte mais fascinante da matemática, mas na verdade isso tende a ser uma coisa saudável, em muitos casos, as porcas e parafusos de um sujeito podem vir a ser realmente mais importante do que todas as aplicações de fantasia.

Além disso, é necessário "cortar os dentes" nas partes não-glamourosos de um campo antes que se realmente tenha alguma chance de enfrentar os problemas famosos da área. Dê uma olhada nas primeiras publicações de qualquer um dos grandes matemáticos de hoje para ver o que quero dizer com isto.

Em alguns casos, uma abundância de talento pode se tornar (algo perversamente) prejudicial para o desenvolvimento matemático à longo prazo, se soluções para os problemas vêm muito facilmente, por exemplo, por não ser um trabalho duro poderá levar a pensar que são dúvidas bobas onde não existe um esforço considerável e eventualmente prejudicar sua própria capacidade de resolver problemas matemáticos.

Além disso, se a pessoa estiver acostumada ao sucesso fácil, não se pode desenvolver a paciência necessária para lidar com os problemas realmente difíceis. Claro que talento é importante, mas como se desenvolve e nutre é ainda mais.

Também é bom lembrar que a matemática profissional não é um esporte (em nítido contraste com competições de matemática). O objetivo em matemática não é para obter a mais alta classificação, o maior "score", ou o maior número de prêmios e recompensas, em vez disso, é aumentar a compreensão da matemática (tanto para si e para seus colegas e alunos), e contribuir para o seu desenvolvimento e aplicações. Para estas tarefas, a matemática precisa de todas as pessoas boas que pode obter.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

(*) Terence Tao é um matemático australiano que em 2006 foi agraciado com a Medalha Fields. Atualmente ele é professor universitário, realiza pesquisas em diversos campos da Matemática, é editor-chefe ou editor associado em diversos jornais matemáticos e administra um blog pessoal onde divulga suas pesquisas.

Retirado de Link.


Curta nossa página no facebook Summa Mathematicae. Nossa página no Instagram.
Receba novos posts por e-mail:


Receba novas postagens por e-mail

Para ficar atualizado sobre o blog Summa Mathematicae, assine minha newsletters abaixo ou na barra lateral do site. 

Observação: É necessário confirmar a inscrição no próprio e-mail.

Obrigado!


Curta nossa página no facebook Summa Mathematicae. Nossa página no Instagram.


Bento XVI sobre a Educação

CARTA DO PAPA BENTO XVI
À DIOCESE E À CIDADE DE ROMA
SOBRE A TAREFA URGENTE 
DA FORMAÇÃO DAS NOVAS GERAÇÕES

Queridos fiéis de Roma!

Pensei dirigir-me a vós com esta carta para vos falar de um problema que vós próprios sentis e sobre o qual as várias componentes da nossa Igreja se estão a comprometer: o problema da educação. Todos temos a preocupação pelo bem das pessoas que amamos, sobretudo das nossas crianças, adolescentes e jovens. De facto, sabemos que depende deles o futuro desta nossa cidade. Portanto, não podemos deixar de ser solícitos pela formação das novas gerações, pela sua capacidade de se orientar na vida e discernir o bem do mal, pela sua saúde não só física mas também moral.

Mas educar nunca foi fácil, e hoje parece tornar-se sempre mais difícil. Sabem-no bem os pais, os professores, os sacerdotes e todos os que desempenham responsabilidades educativas diretas. Fala-se por isso de uma grande "emergência educativa", confirmada pelos insucessos com os quais com muita frequência se confrontam os nossos esforços para formar pessoas sólidas, capazes de colaborar com os outros e dar um sentido à própria vida. É espontâneo, então, dar a culpa às novas gerações, como se as crianças que nascem hoje fossem diversas das que nasciam no passado. Além disso, fala-se de uma "ruptura entre as gerações", que certamente existe e pesa, mas que é o efeito, e não a causa, da malograda transmissão de certezas e valores.

Devemos portanto dar a culpa aos adultos de hoje, que talvez já não sejam capazes de educar? É forte certamente, quer entre os pais quer entre os professores e em geral entre os educadores, a tentação a renunciar, e ainda antes o risco de não compreender nem sequer qual seja o seu papel, ou melhor a missão que lhes foi confiada. Na realidade, estão em questão não só as responsabilidades pessoais dos adultos ou dos jovens, que contudo existem e não devem ser escondidas, mas também uma atmosfera difundida, uma mentalidade e uma forma de cultura que fazem duvidar do valor da pessoa humana, do próprio significado da verdade e do bem, em síntese, da bondade da vida. Então, torna-se difícil transmitir de uma geração a outra algo de válido e de certo, regras de comportamento, objetivos credíveis com base nos quais construir a própria vida.

Queridos irmãos e irmãs de Roma, a este ponto gostaria de vos dizer uma palavra muito simples: não temais! Todas estas dificuldades, de facto, não são insuperáveis. São antes, por assim dizer, a outra face da moeda daquele dom grande e precioso que é a nossa liberdade, com a responsabilidade que justamente a acompanha. Contrariamente a quanto acontece em campo técnico ou económico, onde os progressos de hoje se podem somar aos do passado, no âmbito da formação e do crescimento moral das pessoas não existe uma semelhante possibilidade de acumulação, porque a liberdade do homem é sempre nova e portanto cada pessoa e cada geração deve tomar de novo, e directamente, as suas decisões. Também os maiores valores do passado não podem simplesmente ser herdados, devem ser feitos nossos e renovados através de uma, muitas vezes difícil, escolha pessoal.

Mas quando as bases são abaladas e faltam as certezas fundamentais, a necessidade daqueles valores volta a fazer-se sentir de modo urgente: assim, em concreto, aumenta hoje o pedido de uma educação que o seja verdadeiramente. Pedem-na os pais, preocupados e muitas vezes angustiados com o futuro dos próprios filhos; pedem-na muitos professores, que vivem a triste experiência da degradação das suas escolas; pede-a a sociedade no seu conjunto, que vê postas em dúvida as próprias bases da convivência; pedem-na no seu íntimo os próprios jovens, que não querem ser deixados sozinhos perante os desafios da vida. Quem crê em Jesus Cristo tem depois um ulterior e mais forte motivo para não ter receio: de facto, sabe que Deus não nos abandona, que o seu amor nos alcança onde estamos e como somos, com as nossas misérias e debilidades, para nos oferecer uma nova possibilidade de bem.

Queridos irmãos e irmãs, para tornar mais concretas estas minhas reflexões, pode ser útil determinar algumas exigências comuns de uma autêntica educação. Ela tem necessidade antes de tudo daquela proximidade e confiança que nascem do amor: penso na primeira e fundamental experiência do amor que as crianças fazem, ou pelo menos deveriam fazer, com os seus pais. Mas cada verdadeiro educador sabe que para educar deve doar algo de si mesmo e que só assim pode ajudar os seus alunos a superar egoísmos e a tornar-se por sua vez capazes de amor autêntico.

Há já numa criança um grande desejo de saber e de compreender, que se manifesta nas suas contínuas perguntas e pedidos de explicações. Portanto a educação seria muito pobre se se limitasse a dar noções e informações, e deixasse de lado a grande pergunta em relação à verdade, sobretudo àquela verdade que pode servir de orientação na vida.

Também o sofrimento faz parte da verdade da nossa vida. Por isso, procurando proteger os mais jovens de qualquer dificuldade e experiência do sofrimento, arriscamos de fazer crescer, apesar das nossas boas intenções, pessoas frágeis e pouco generosas: a capacidade de amar corresponde de facto à capacidade de sofrer, e de sofrer juntos.

Chegamos assim, queridos amigos de Roma, talvez ao ponto mais delicado da obra educativa: encontrar um justo equilíbrio entre a liberdade e a disciplina. Sem regras de comportamento e de vida, feitas valer dia após dia também nas pequenas coisas, não se forma o carácter e não se está preparado para enfrentar as provas que não faltarão no futuro. Mas a relação educativa é antes de tudo o encontro de duas liberdades e a educação com sucesso é formação para o reto uso da liberdade. Mas à medida que a criança cresce, torna-se um adolescente e depois um jovem; portanto devemos aceitar o risco da liberdade, permanecendo sempre atentos a ajudá-lo a corrigir ideias e opções erradas. O que nunca devemos fazer é favorecê-lo nos erros, fingir que não os vemos, ou pior partilhá-los, como se fossem as novas fronteiras do progresso humano.

Portanto, a educação nunca pode prescindir daquela respeitabilidade que torna credível a prática da autoridade. De facto, ela é fruto de experiência e competência, mas adquire-se sobretudo com a coerência da própria vida e com o comprometimento pessoal, expressão do amor verdadeiro. Portanto, o educador é uma testemunha da verdade e do bem: sem dúvida, também ele é frágil e pode falhar, mas procurará sempre de novo pôr-se em sintonia com a sua missão.

Caríssimos irmãos de Roma, destas simples considerações sobressai como é decisivo na educação o sentido de responsabilidade: responsabilidade do educador, certamente, mas também, e na medida em que cresce com a idade, responsabilidade do filho, do aluno, do jovem que entra no mundo do trabalho. É responsável quem sabe responder a si mesmo e aos outros. Além disso, quem crê procura responder a Deus que o amou primeiro.

A responsabilidade é em primeiro lugar pessoal, mas existe também uma responsabilidade que partilhamos juntos, como cidadãos de uma mesma cidade e de uma nação, como membros da família humana e, se somos crentes, como filhos de um único Deus e membros da Igreja. De facto as ideias, os estilos de vida, as leis, as orientações gerais da sociedade em que vivemos, e a imagem que ela dá de si mesma através dos meios de comunicação, exercem uma grande influência sobre a formação das novas gerações, para o bem mas muitas vezes também para o mal. Contudo a sociedade não é uma abstracção; no final somos nós próprios, todos juntos, com as orientações, as regras e os representantes que elegemos, mesmo sendo diversos os papéis e as responsabilidades de cada um. Portanto, há necessidade da contribuição de cada um de nós, de cada pessoa, família ou grupo social, para que a sociedade, começando pela nossa cidade de Roma, se torne um ambiente mais favorável à educação.

Por fim, gostaria de vos propor um pensamento que desenvolvi na recente Carta Encíclica Spe salvi sobre a esperança cristã: a alma da educação, como da toda a vida, só pode ser uma esperança certa. Hoje a nossa esperança está insidiada de muitas partes e corremos o risco de nos tornarmos, também nós, como os antigos pagãos, homens "sem esperança e sem Deus neste mundo" como escrevia o apóstolo Paulo aos cristãos de Éfeso (Ef 2, 12). Precisamente daqui nasce a dificuldade talvez mais profunda para uma verdadeira obra educativa: na raiz da crise da educação está de facto uma crise de confiança na vida.

Portanto, não posso terminar esta carta sem um caloroso convite a ter Deus como nossa esperança. Só Ele é a esperança que resiste a todas as desilusões; só o seu amor não pode ser destruído pela morte; só a sua justiça e a sua misericórdia podem sanear as injustiças e recompensar os sofrimentos suportados. A esperança que se dirige a Deus nunca é esperança só para mim, é sempre também esperança para os outros: não nos isola, mas torna-nos solidários no bem, estimula-nos a educar-nos reciprocamente para a verdade e para o amor.

Saúdo-vos com afeto e garanto-vos uma especial recordação na oração, enquanto envio a todos a minha Bênção.

Vaticano, 21 de Janeiro de 2008.

BENEDICTUS PP. XVI

Retirado do site: Link


Curta nossa página no facebook Summa Mathematicae. Nossa página no Instagram.


Receba novos posts por e-mail:

TCC - Introdução ao Cálculo Discreto

Resumo do meu trabalho de conclusão de curso da minha graduação em Matemática.

O Cálculo Discreto, também chamado Cálculo de Diferenças Finitas, trabalha diretamente com sequências e somatórios. O primeiro contato com esse assunto aparece nas primeiras séries na educação básica com a sequência dos números naturais. Ao longo do tempo as contagens e as somas vão ficando mais trabalhosas. No entanto, a matemática vem auxiliar e facilitar essas operações. No ensino médio, há as progressões aritmética e geométricas que aprofundam mais o conhecimento do assunto. Na graduação, tem-se o Cálculo Diferencial e Integral (Cálculo Tradicional) que nos fornece a derivada e integral como ferramentas para o estudo de funções. Todavia, esse trabalho pretende fazer algo semelhante, porém os objetos a serem analisados são as sequências e os somatórios. Para isso, são construídas e desenvolvidas as ferramentas: derivada discreta e integral discreta para calcular esses somatórios. Assim, foi feita uma pesquisa bibliográfica em que se investiga os principais resultados do Cálculo Discreto, se verifica uma analogia com o Cálculo Tradicional e se espera aplicar tais técnicas nas resoluções de somatórios.

Palavras-chave: Sequências. Somatórios. Cálculo Discreto. Cálculo de Diferenças Finitas.

O trabalho completo pode ser encontrado aqui: 

https://drive.google.com/file/d/1tn__-gKSt6zbDnfblTIhwyurakdG_O0e/view?usp=sharing


Curta nossa página no facebook Summa Mathematicae!


Receba novos posts por e-mail:

Introdução à Educação Clássica Católica

Retrato de Santo Agostinho de
Philippe de Champaigne, século XVII
A educação clássica, normalmente referida por seu nome em inglês, classical education, é a tradicional e venerável forma de educação iniciada na Antiguidade Clássica pelos Gregos e Romanos e desenvolvida sobretudo durante a Idade Média Católica que, longe de ser uma coisa do passado, é provavelmente a resposta mais urgente e adequada para a crise da educação moderna em que vivemos.

O principal objetivo da educação clássica é a formação baseada na convicção de que o homem possui não apenas um ser físico, mas também um ser espiritual, naturalmente dotado de aptidões na esfera da inteligência e da vontade que podem e devem ser moldadas pela educação. Sustentando que a razão humana pode descobrir e entender uma ordem fora de si mesma, uma ordem criada por Deus, a educação clássica católica busca não apenas ensinar conteúdo, mas formar as mentes, isto é, ensinar os alunos a aprender por si mesmos, a ter uma visão una dos variados ramos de conhecimento, pensar de maneira ordenada e expressar-se bem de acordo o que pensa. Essa formação das mentes é muitas vezes chamada de educação para a contemplação, para o fim último do homem: ultima hominem felicitas est in contemplatione veritatis. (1)

Como a educação é normalmente feita através da imitação, os alunos na verdadeira educação clássica católica aprendem dos grandes nomes da Antiguidade e dos santos através da literatura, história, filosofia e estudo da religião. Quando a escola dá aos alunos este tesouro de conhecimentos com um objetivo muito maior que “tirar boas notas”, desperta-se neles o amor e a sede de conhecimento. Ao ensinar-lhes a pensar por si mesmos, não com uma revolta provocada por pensamentos revolucionários e interesses meramente sociais, nem com o pietismo de uma educação frágil e sentimental, nem com a ênfase apenas na técnica e no intelecto, mas com uma formação completa, do intelecto, da moral, da mente e da vida interior, prepara-se o aluno para verdadeiramente enfrentar o mundo.

A missão de um verdadeiro colégio católico é prover a seus alunos uma profunda educação fundada nos princípios tradicionais da ordem, do estudo, da virtude e da disciplina. É, em poucas palavras, formar bons católicos e bons cidadãos, de modo que todas as esferas, espiritual, moral, intelectual e física estejam ordenadas para Deus. Deve, o colégio católico, formar o solo em que a virtude, a Fé e o amor de Deus crescerá.

Princípios da Educação Clássica Católica

GRAÇA

Em uma escola católica, aprender não é um fim em si mesmo. Em vez disso, o professor clássico católico pede a Deus que seus ensinamentos, disposições e ações sejam como um instrumento em Suas mãos para cultivar as almas dos estudantes em direção à santidade. Nesse sentido, a aprendizagem pode ser um meio de graça.

ORDO AMORIS (ORDEM DOS AFETOS)

Para verdadeiramente fazer um bem, devemos orientar-nos à realização do bem imediatamente superior a ele (por exemplo, para verdadeiramente fazer bem o dever de casa, deve-se aprender o conteúdo e tirar boas notas; para verdadeiramente educar os filhos, deve-se educá-los para o céu; para verdadeiramente ser bem sucedido na vida, deve-se buscar o Reino de Deus e sua justiça). Não reconhecer esse princípio em todas as áreas da educação e da vida leva a uma alma desordenada e em uma escola que não consegue fazer bem naquilo que é mais importante. Para desenvolver uma alma bem ordenada, requer-se o cultivo da  moral e da ordenação da vontade e da sensibilidade.

EPISTEMOLOGIA

A educação é um exercício epistemológico. Isso significa que tudo o que acontece na educação é a promulgação de convicções e premissas sobre o que significa saber e como uma pessoa pode aprender.

A epistemologia clássica católica é racional, moral e pessoal. Ela reconhece que os estudantes vêm a conhecer ideias por meio da consideração deles na natureza e ao seu redor em instâncias particulares.

INTEGRAÇÃO

O mundo clássico buscou durante séculos um princípio integrador de tudo o que é conhecido. Eles chamaram esse princípio, o Logos.

A educação clássica católica integra todo o ensino em Cristo. Ele é o Logos que liga todos os assuntos em uma harmonia universal, faz sentido de todas as coisas e eleva o aprendizado e o conhecimento ao reino do significado eterno. Ele é o criador do universo ordenado e da Palavra que explica todas as palavras. Ele é como o sol, dando ordem e sentido aos planetas, e tornando-os conhecíveis em Sua luz. Nele estão todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Tornar-se um membro do outro no contexto de suas relações com os outros assuntos.

RACIONALIDADE

Quando um princípio unificador é aplicado a todo o currículo de uma escola e à filosofia da educação, o resultado é um programa caracterizado pela integração, harmonia e uma coerência controlada por princípios.

IDEIAS

Somente quando as ideias são o foco da aprendizagem o currículo pode ser integrado. Somente quando o currículo é integrado pode-se ajudar as almas a seguirem o seu curso para atingir a integridade adequada a ela.

A alma se alimenta de ideias, e as grandes ideias são mais claramente expressas em bons livros e bons artefatos. Conteúdo e habilidades devem ser dominados para absorver as ideias, mas não devem ser levados como princípios de integração, isto é, como fins em si mesmos.

HIERARQUIA DE APRENDIZAGEM

Toda aprendizagem depende dos pré-requisitos a serem dominados antes de passar para o próximo nível de conhecimento:

Na educação católica clássica, as sete artes liberais servem de base para o conhecimento. São elas a Lógica, a Gramática, a Retórica, a Aritmética, a Geometria, a Astronomia e a Música, que correspondem ao Trivium e ao Quadrivium. A primeira, dá as primeiras etapas para o conhecimento do próprio conhecimento, o modo de pensar e estudar, de formular e expressar esse pensamento. O Quadrivium, por outro lado, inicia o aluno no estudo da natureza, permitindo-o a visão e o estudo da Criação.

Em seguida vêm as ciências naturais. Uma pessoa pode apenas dominar as ciências naturais na medida em que dominou as sete artes liberais.

Depois das ciências naturais, vêm as ciências humanas, ou as ciências do comportamento humano e da alma. A capacidade do aluno de dominar as ciências humanas depende de seu domínio das ciências naturais.

Depois das ciências humanas na natureza da aprendizagem vêm as ciências filosóficas e metafísicas. A capacidade do aluno de dominar as ciências filosóficas depende de seu domínio das ciências humanas.

A pedra angular da aprendizagem são as ciências teológicas. Novamente, pela natureza do caso, uma pessoa é capaz de dominar as ciências teológicas apenas no grau em que dominou todas as artes e ciências inferiores.

A remoção de Cristo como o Logos do Currículo levou à desintegração do aprendizado e a especialização dos assuntos sem levar em conta os pré-requisitos e a relação e interdependência entre eles. A Educação Clássica Católica busca reintegrar e ordenar os elementos do currículo.

A educação é uma atividade humana, não meramente naturalista científica; portanto, as ciências humanas devem ser priorizadas. Consequentemente, o professor clássico católico ideal terá atingido domínio pelo menos no nível das ciências humanas (literatura, história, ética e política).

MULTUM, NON MULTAS (MUITO, NÃO MUITOS)

A educação clássica católica lida profundamente com alguns assuntos, em vez de apressadamente com muitos. As disciplinas refletem sua ênfase nas sete artes liberais, cujo domínio desenvolve o conteúdo e as habilidades que fluem através de todas as disciplinas modernas.

A educação clássica opõe-se à especialização precoce (formação específica em uma disciplina ou habilidade para fins práticos ou profissionais) ou generalizações sem sentido, buscando, ao invés disso, uma educação que consistentemente reconhece a relação de todas as habilidades e disciplinas umas com as outras e ensina as habilidades fundamentais que cada assunto posterior irá requerer.

RESPEITO

A criança é uma alma viva e eterna a ser nutrida, não um produto a ser moldado. Em geral, as metáforas orgânicas são muito mais adequadas à reflexão sobre a natureza de uma criança do que metáforas industriais ou dados estatísticos.

ESTÁGIOS DE CRESCIMENTO

A educação deve corresponder ao crescimento da criança, mas ao fazê-lo a qualidade e profundidade da instrução não devem ser sacrificadas aos interesses ou mesmo às habilidades da criança. O propósito da infância é treinar para a vida adulta, não para diversão.

GOSTO

A educação começa com o cultivo do bom gosto – isto é, o gosto pelo bom, pelo belo e pelo verdadeiro. O bom gosto inclui o gosto pelas virtudes da diligência e da ordem. A ordem é enfatizada no ambiente da Escola Clássica Católica nas almas que vivem nela e nas relações entre as pessoas que nela vivem.

GRANDEZA MORAL

Como disse Whitehead, “a educação moral é impossível sem a visão da grandeza. Se não somos grandes, não importa o que fazemos ”. A grandeza artificial expressa em vaidade e orgulho é vigorosamente combatida. A grandeza que o católico clássico busca é a verdadeira grandeza da sabedoria e da virtude. Essa visão de grandeza orienta o católico clássico em suas decisões curriculares e na conduta de sua escola.

DISCIPLINA

A disciplina é a base de todo tipo de criatividade e maturidade.

INSTRUÇÃO

Desde os tempos mais antigos, os professores reconheceram que o ensino se move em uma de duas direções: da instância particular para a ideia universal (indução), ou da ideia universal para a instância particular (dedução). Dois modos de instrução foram desenvolvidos para otimizar a potência nesses movimentos: o modo didático e o modo socrático, cada um dos quais incorpora elementos de indução e dedução.

A Educação Clássica Católica se esforçará para dominar ambos os modos de ensino, ajustando suas próprias forças e gostos individuais em seus parâmetros. Falando precisamente, não há metodologia clássica quando se entende por método um processo estritamente repetitivo com um resultado previsível. Não há processos estritamente repetidos que possam educar uma alma humana e não há resultados significativos que sejam suficientemente previsíveis.

AUTORIDADE

Todo professor clássico católico precisa estar comprometido em crescer em seu domínio de todas as sete artes liberais e a escola precisa proporcionar oportunidade para esse crescimento. Além disso, o professor católico clássico ideal fala com autoridade sobre as artes e ciências que ensina. Falar com autoridade é falar com juízo, capacidade que se torna possível quando se compreende as causas de uma coisa.

CRESCIMENTO

Nenhuma habilidade deve estar livre de desenvolvimento adicional. O professor modela isso e cuida para que o aluno nunca pare de estudar e se desenvolver. O ambiente de uma escola católica clássica cultiva uma comunidade de aprendizado. Toda a instrução nos primeiros anos tem como objetivo a instrução de anos posteriores.

VOCAÇÃO E COMISSÃO

A comunidade católica clássica é movida pelas exigências de sua vocação (chamado) e comissão (tarefa) e não pelas circunstâncias em que se encontra. (2)

REVERÊNCIA

O tom da escola, a conduta dos professores, as relações entre todos os membros da comunidade escolar e a linguagem usada na escola católica clássica caracterizam-se pela reverência e sobriedade. O respeito, a sublimidade e a alegre solenidade descrevem a atmosfera e são os alicerces da submissão em toda a escola. “Dignitas” e “nobilitas” são exigidas de todos os membros da comunidade escolar.

HIERARQUIA 

O menor é abençoado pelo maior “sem controvérsia”. Os professores jamais podem, como defendem pedagogias modernas, afundar-se ao nível do aluno, mas deve elevar o aluno ao nível do professor. Um muro de separação deve ser mantida entre o professor e o aluno. A submissão e o respeito guiam aqueles que são inferiores na hierarquia, enquanto a humildade e o dever guiam aqueles que são superiores; a autoridade é derivada do papel e as pessoas são contratadas somente quando têm as qualificações, ou seja, os pré-requisitos exigidos pela natureza do cargo, para cumprir os deveres implícitos na função.

PERSPECTIVA HISTÓRICA

O católico clássico reconhece que ele vive em um continuum histórico e que seu dever de dar honra a quem é devido se estende tanto a seus antepassados quanto a seus descendentes.

PROPRIEDADE

O católico clássico cultiva deliberadamente uma formalidade na atmosfera da escola. Ele procura, não a formalidade artificial do arrogante e orgulhoso, mas a verdadeira formalidade do sábio que continuamente procura dar a cada ideia sua expressão apropriada. O princípio orientador da formalidade católica clássica é a adequação da forma, não a conveniência da expressão.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

O conhecimento, as percepções ou as experiências que nos são dadas colocam em cada um de nós o dever de serviço. “A quem muito é dado, muito será pedido”. O que fazemos com o que nos é dado é o princípio de nossa responsabilidade.

Notas:

(1) “A felicidade última do homem está na contemplação da verdade”. Santo Tomás de Aquino em Summa contra Gentiles III, 37

(2) embora não se possa chegar ao destino enquanto se ignora a estrada pela qual ele está dirigindo e não consegue manter o gás no tanque!

Retirado do site: Link


Curta nossa página no facebook Summa Mathematicae!


Receba novos posts por e-mail:

Total de visualizações de página